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Grandes jogos, texto grande

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>Volta e meia reclamamos de umas rodadas bem mequetrefes que passam por aqui, às vezes precisamos de um dia com 13 jogos para ter um ou dois bons de verdade. Mas ontem não, foram 8 jogos e a maioria de ótima qualidade. Parabéns a todos os envolvidos (que provavelmente terão jogos péssimos já hoje e amanhã, acontece).

O dia começou com a matinê entre Miami Heat e Chicago Bulls. Aconteceu muita coisa interessante nesse jogo e até antes dele. Com uma maratona acontecendo em Miami e o trânsito todo modificado e complicado, LeBron James foi de bicicleta, no maior estilo Leandrinho, para o jogo. Como comentaram no Twitter, o Kobe provavelmente iria ao próximo jogo de monociclo só para provar que é melhor. Com a bola já rolando o interessante foi ver como o Heat sabe defender o Derrick Rose, assim como nos playoffs do ano passado souberam marcar o pick-and-roll, dobraram a marcação, usaram zona, fizeram de tudo para que ele não conseguisse pontos fáceis. Se você assistir ao resumo do jogo, verá as bolas que caíram, bandejas magníficas de outro planeta, mas que escondem o aproveitamento de 11/28 que o armador teve no jogo.

Por outro lado o Bulls também soube defender o Heat. Não nos contra-ataques, que é simplesmente impossível, mas soube limitar os pontos na transição para apenas 15 (um pouco abaixo da média do time), principalmente no segundo tempo. E quando se enfrenta LeBron James e cia. deve-se saber que vai tomar cestas como essa na cabeça, é entender e seguir em frente:

O jogo foi decidido no minuto final, e lá a coisa ficou estranha. Tivemos bolas pulando de um lado para o outro, times nervosos e Derrick Rose, podendo virar o jogo a 22 segundos do fim, errou dois lances-livres!  O Bulls então fez falta em LeBron e… ele errou os dois lances-livres! Show de horror. Na última posse de bola o Bulls teve a chance de ganhar, mas vacilou. O Tom Thibodeau desenhou uma jogada idêntica à que fez contra o Hawks um tempo atrás, mas no lugar de Luol Deng estava Rip Hamilton e no lugar de Joakim Noah, Carlos Boozer. Fez diferença. Boozer amarelou na hora de fazer o passe e devolveu a bola para Derrick Rose, que na individualidade não conseguiu chegar até o garrafão e forçou um arremesso errado. Nessa bola Udonis Haslem tentou cavar uma falta de ataque e sobre isso Shane Battier comentou após o jogo: “Eles nunca marcam falta de ataque nessas jogadas. Nunca. A não ser que você cometa um ato de violência com animaizinhos ou algo bem depravado eles não marcam nada”. Boa, Shane.

Vale a pena comparar as duas jogadas e ver como faz diferença ter um bom passador como Noah e um jogador mais alto para receber o passe, como era Luol Deng.

Eu iria dar o prêmio de jogo bizarro da noite para o Celtics e Cavs, mas acho que eles ainda foram mais normais do que o clássico do Texas entre Spurs e Mavs. Esse foi um jogo de doido. O Mavs, com Dirk Nowitzki de volta e jogando em casa, estava passeando na partida e abriu 18 pontos de vantagem. Foi então que, no fim do 3º período, Greg Popovich tirou todos os titulares de quadra e jogou com Gary Neal, James Anderson, Danny Green, Matt Bonner e Tiago Splitter, só reservas. Uma bola de 3 de Bonner aqui, outra de Neal, uma de Anderson e o Spurs virou o jogo! Popovich, técnico divertido que é, deixou os reservas em quadra até o final. E quase venceram. Tiago Splitter (8 pontos, 7 rebotes) fez uma bandeja a 37 segundos do fim para deixar a vantagem em 4 pontos, mas logo depois Rodrigue Beubois fez uma bandeja e a vantagem voltou a 2. O Spurs errou um arremesso em sua posse de bola e Jason Terry (34 pontos) empatou o jogo a 0.6 do final do jogo. Já dissemos que ele tem pós-graduação em quarto período? Pois é. Foi então que com com meio segundo restante Danny Green pegou a bola, virou e arremessou. Cesta. Tim Duncan corre para abraçar o garoto, o Spurs vibra, a torcida se cala e os juízes vão ver o replay. A bola ainda estava nos dedos de Green quando o tempo acabou. Prorrogação.

No tempo extra o Mavs tinha a vantagem de 3 pontos a 12 segundos do fim quando Gary Neal bate pra dentro, faz a bandeja e toma a falta. Mas sofrendo da síndrome de Rose-James, ele erra a bola que empataria o jogo. O Spurs imediatamente faz falta em Ian Mahinmi que, adivinhem, errou seus dois lances-livres. Mais uma chance para empatar e aí uma jogada bizarra. O lateral é cobrado para Matt Bonner, que fica parado sofrendo com a marcação de Vince Carter e não faz nada. Nada! A bola então cai da sua mão e vai indo em direção a lateral, é aí que aparece Danny Green para salvar a redonda, atropelar o árbitro que estava lá e soltar um arremesso de 3 no último segundo. Não deu, ele errou, e assim acabou um dos jogos mais bizarros da temporada.

Vocês devem estar se perguntando como o jogo entre Celtics e Cavs competiu com essa doideira de reservas, lances-livres errados e bolas de último segundo do Spurs. Eu explico. Assisti ao jogo do Celtics sabendo do resultado, a derrota do Celtics por 1 ponto de diferença. No último quarto vejo os reservas do Cavs cortarem a diferença de 10 pontos dos verdinhos e penso “Ah, foi aí então, deram uma de Spurs”. Mas não. Um minuto depois o Celtics faz uma sequência de 8-0 e abre grande diferença de novo. O jogo vai indo pro final e nada de parecer que o Cavs iria ganhar. Que diabos? Acontece que o Celtics não fez nenhum ponto nos últimos 4 minutos e 25 segundos de partida! Nada. Nem um arremesso, bandeja, enterrada, lance-livre. Nada. E a vantagem de 11 pontos que tinha então foi caindo aos pouquinhos até que Kyrie Irving fez uma bandeja magnífica e venceu a partida.

Até então o Celtics estava jogando como nas últimas boas partidas. Ataque simples, sem inventar, Paul Pierce criando situações boas no ataque, Brandon Bass acertando seus arremessos de meia distância. Do nada tudo acabou. Por melhor que tenha sido a defesa do Cavs, nada explica não fazer cesta nos últimos 5 minutos de jogo, nada.

Quem também estava jogando muito bem e entregou a rapadura foi o Denver Nuggets. Durante 3 períodos eles deram show pra cima do Los Angeles Clippers. Andre Miller em especial estava inspirado e distribuindo passes para Danilo Gallinari e Al Harrington, outros que tiveram excelente jogo. A jogada que terminou o terceiro período dava a entender que era mesmo o dia do Nuggets.

Mas não foi bem assim. Mesmo jogando melhor o Nuggets não abriu vantagem boa o bastante. Quando ameaçavam engrenar o ex-Nugget Chauncey Billups (32 pontos) metia uma bola de 3 para manter o Clippers no jogo. E assim, de pouco em pouco, eles deslancharam e com Chris Paul inspirado no ataque, viraram a partida. Uma falta de ataque de Nenê sobre Chauncey Billups (beeeem forçada, diga-se de passagem) matou as chances do Denver no jogo. E não tem jeito, sempre que perderem um jogo no finalzinho vai vir um mané lembrando que isso acontece com times sem estrelas. Que provem o contrário da próxima vez.

Domingo também foi dia do Lakers acabar com uma palhaçada. Foram até Minneapolis pegar o Wolves e mesmo jogando fora uma liderança de 18 pontos, venceram apenas seu segundo jogo fora de casa e pela primeira vez em 14 jogos passaram dos 100 pontos. Não, o banco de reservas não ajudou, é que fica mais fácil quando Kobe Bryant (35 pontos, 14 rebotes), Pau Gasol (28 pontos) e Andrew Bynum (21 pontos) somam 84 pontos. Pelo Wolves Ricky Rubio fez o de sempre, mas errou muitos arremessos e o Wolves não conseguiu as bolas que queria no final.

Fechando essa bela rodada e o extenso resumo, o Hawks bateu o Hornets sem dificuldades com 24 pontos de Jeff Teague, que tinha saído da última partida com o tornozelo torcido sem saber se iria jogar ontem. O Toronto Raptors venceu o Nets, em New Jersey, por 20 pontos de diferença para encerrar a invencibilidade do Nets em dias que Deron Williams faz pelo menos 24 pontos. DeMar DeRozan usou toda sua Força Nominal para marcar 27. Em Orlando o Magic mais uma vez teve um segundo tempo pífio e tomou uma surra de pau mole do Indiana Pacers. Está sendo sofrido assistir a esse time nessa temporada, dá vontade de mandar parar tudo e deixar eles irem pra casa chorar.

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Fotos da Rodada

-Te trouxe aqui de zoeira, nem a pau que você volta pro jogo

Andre Miller segura a bola como se fossem limões

Cotovelos-do-Bynum™

Alguém errou o passe para o Teague (porra, Josh Smith!)

Esse é o Orlando Magic – Parte 1

Esse é o Orlando Magic – Parte 2

Esse é o Orlando Magic – Parte 3

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